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Controle da Hipertensão Arterial: Cardiologista partilha dicas para prevenir doença que afeta 30% da população


Hipertensão arterial
crédito: Pixabay

A hipertensão arterial, ou tensão alta, é uma doença crónica que pode afetar cerca de 30% da população brasileira, sendo a sua prevalência estimada em até 70% entre a população com mais de 70 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).


Trata-se de uma condição caracterizada por níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias, tendo como principais consequências o comprometimento dos chamados órgãos-alvo da doença: coração, cérebro, olhos e rins. A sua ação dá-se nas pequenas artérias destes órgãos, levando a doenças como o enfarte, a insuficiência cardíaca, o acidente vascular cerebral e a insuficiência renal.


Segundo o cardiologista do Hospital Icaraí, Dr. Cláudio Catharina, a hipertensão pode afetar diretamente o coração, pois obriga-o a exercer um esforço maior do que o normal para bombear o sangue através dos vasos sanguíneos.


“A hipertensão força o coração a trabalhar com mais intensidade para garantir a correta distribuição do sangue por todo o corpo. Por isso, é um dos principais fatores de risco para a insuficiência cardíaca.


Segundo o médico, a hipertensão também está relacionada com o acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurismas e insuficiência renal, atuando na parede dos vasos sanguíneos destes órgãos”, explica.


Fatores que influenciam a hipertensão arterial


A doença tem forte correlação com a herança genética, mas outros fatores também podem contribuir para o início e agravamento da pressão arterial, tais como:


  • Tabagismo;

  • Consumo de bebidas alcoólicas;

  • Obesidade;

  • Stress;

  • Consumo excessivo de sal;

  • Níveis elevados de colesterol;

  • Falta de atividade física.


Sintomas, diagnóstico e prevenção


Em muitos casos, a hipertensão arterial é silenciosa, sendo por isso considerada um inimigo invisível. No entanto, segundo o Dr. Cláudio Catharina, os sintomas podem incluir dor no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido nos ouvidos, fraqueza corporal, visão turva e hemorragias nasais.


O diagnóstico é feito através da medição regular da pressão arterial. Quando os valores da pressão máxima e mínima são iguais ou superiores a 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio), considera-se que há hipertensão.


“Quando os valores estão abaixo de 90/60 mmHg, considera-se que a pressão está baixa. Para uma aferição precisa, são utilizados dispositivos como a MRPA e o MAPA”, explica o médico.


O Dr. Cláudio destaca que, apesar de não ter cura, a hipertensão tem tratamento e pode ser prevenida com mudanças simples no dia a dia, tais como:


  • Controlar o peso corporal;

  • Reduzir o consumo de sal;

  • Praticar atividade física regularmente;

  • Evitar fumar e ingerir álcool em excesso;

  • Ter uma alimentação equilibrada;

  • Controlar os níveis de açúcar no sangue.


“A melhor forma de prevenção é manter um estilo de vida saudável, com boa alimentação, exercício físico e, claro, visitas regulares ao cardiologista – especialmente para quem tem histórico familiar ou pertence a grupos de risco”, conclui.

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