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Som Livre lança primeiro single exclusivo em celebração aos 50 anos do rapper Sabotage

Redação

Atualizado: 24 de abr. de 2023



No último dia 3 de abril, o rapper Sabotage faria 50 anos. E para celebrar a data de um dos ícones do rap nacional, a Som Livre apresenta o primeiro single exclusivo do novo álbum em comemoração ao cinquentenário do artista e parte do projeto #Sabotage50Anos. A faixa escolhida para inaugurar a sequência de feats do disco é uma releitura de “Respeito É Pra Quem Tem”, que chega com versos inéditos da carioca N.I.N.A do Porte, que também faz parte do videoclipe criado especialmente para este lançamento.


Idealizado pela filha do artista, Tamires Rocha, e com o apoio do irmão, Wanderson dos Santos, o Sabotinha, o projeto foi desenvolvido como um presente da família para os fãs, em celebração à trajetória e ao significado da obra de Sabotage não só para a música urbana, como também para a cultura brasileira. Além do álbum, a iniciativa inclui um livro biográfico ilustrado, exposição imersiva, série de curta metragens, filme, linhas de roupas, acessórios e itens de papelaria.


Uma das principais representantes da cena do grime e drill no Brasil, N.I.N.A do Porte - que em 2022 apresentou seu primeiro álbum “Pele”, atingindo mais de 300 mil streams com uma hora e meia após o lançamento - comenta sobre ter sido escolhida como o primeiro feat deste novo projeto.Grandioso ainda é uma palavra pequena pra dizer o que isso significa. Acho que a importância de estar nesse projeto - além do fato de ser algo que vai marcar a minha história dentro do rap - é mostrar que a nova geração já bebeu muito da antiga fonte, e que hoje se a gente consegue falar de coisas pesadas de uma maneira mais didática, a gente tem que agradecer muito ao Sabotage", comenta.

“A minha inspiração foi mostrar que existem várias perspectivas de respeito, e que as pessoas confundem muito outras coisas, como poder e temor. Esse é um conceito reinventado dentro de vários contextos sociais. Eu quis falar sobre o que a galera de onde eu vim entende como respeito e mostrar que respeito é tudo que a gente tem mesmo. O resto não vale de mais nada", comemora N.I.N.A sobre ter tido a oportunidade de inserir novos versos e fazer sua interpretação de um clássico do rap nacional.


Com produção assinada por Pedro Apoema, a track aposta em uma sonoridade drill - subgênero do rap e combina versos originais na voz de Sabotage à novas rimas trazidas pela artista convidada. “Trabalhamos com dois beats, um pra parte da N.I.N.A e outro pra do Sabotage. No primeiro quis trazer uma brasilidade mais forte, mas mesmo assim algo denso, e no segundo tem uma estética mais gringa”, descreve o produtor sobre o novo beat desenvolvido especialmente para a faixa.

Já o clipe conta com a direção de Gabe e Doug Martins e tem como cenário real a favela do Boqueirão - lugar onde Sabotage morou a partir do ano 2000. O vídeo apresenta ao público elementos saudosos, que se relacionam com a imagem e a memória do rapper. Mostrando a realidade local por meio de takes que retratam os moradores, cores e texturas, a narrativa é conduzida através do olhar de uma personagem central que, em meio à dor de uma perda, vive o dia a dia da comunidade sem deixar de mostrar a sua força, representada por passos de dança contemporânea.

O álbum completo, previsto para novembro, também tem a participação de outros nomes como Apelidado Xis, Filipe Ret, Bivolt, Orochi, Amabbi, Djonga, Sant e Bk. A direção musical é assinada por Tejo Damasceno e Zegon, dois grandes produtores da cena urbana que trabalharam com Sabotage em vida. Ambos são categóricos ao afirmar que o rapper aprovaria o relançamento das faixas com nomes da nova geração.

“Não imagino ideia melhor do que a de misturar várias gerações do hip hop, de vários estados brasileiros, para celebrar os 50 anos do Sabotage. Ideia que se estivesse entre nós, com certeza ele mesmo a teria ou aprovaria. Sem palavras poder fazer parte disso e contribuir neste trabalho que mostrará o carinho e o respeito que temos pelo eterno amigo e gênio da sua arte”, diz Tejo Damasceno.

Zegon completa: “Nosso mano Maurinho sempre esteve à frente do seu tempo. Em 2002 já rimava com flows que só surgiram 10 anos depois, não tinha barreiras em misturar estilos, e certamente hoje estaria junto e misturado com a nova escola. Ter chance de conduzir e apresentar o trabalho do Sabotage como seria hoje para a nova geração é de uma honra sem tamanho. Com muito respeito, tocar novamente na obra que ajudamos a criar no passado é indescritível”.


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