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Redação

Tatuador cria campanha que reúne relatos de artistas brasileiros diagnosticados com autismo na fase adulta


Rapha Lopes, tatuador
Foto: divulgação

No Brasil, estima-se que haja cerca de 6 milhões de pessoas com autismo — estimativa realizada com base em dados do CDC indica que 1 em cada 36 pessoas se enquadra no espectro do autismo nos Estados Unidos (2023) — com grau de confiança de 99% e margem de erro de 3%. No dia 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, o tatuador Rapha Lopes, diagnosticado há pouco mais de um ano com a condição, lança campanha “Cara de autista: autismo não tem cara, tem diagnóstico” e por meio de uma websérie reunirá relatos de artistas brasileiros e pessoas anônimas, diagnosticadas com autismo na fase adulta.


A iniciativa acontece durante todo o abril azul, mês de conscientização, fim do preconceito e da exclusão de pessoas com Transtorno Espectro Autista (TEA), e tem

como objetivo trazer a importância do diagnóstico precoce não só para o autoconhecimento, mas com o objetivo de obter a ajuda necessária e adequada para conquistar uma melhor qualidade de vida, a fim de desmistificar tabus e estereótipos e disseminar informações que ajudem a compreender melhor a complexidade dessa condição.


Tudo isso ilustrado por meio da própria experiência do Raphael Lopes e os impactos negativos que a falta do diagnóstico causou ao longo da sua vida e como foi para ele receber recentemente o diagnóstico.Diferentemente do que ocorre em outras síndromes e transtornos, o TEA não acarreta características físicas. Em alguns casos pode até ser imperceptível para quem vê de fora, mas por dentro e para estas pessoas, não resta dúvida. Apesar disso, precisam lidar diariamente com quem tenta invalidar o diagnóstico por pura desinformação.


“Queremos comunicar o autismo como um PRISMA, um espectro que é amplo, plural e diverso. E que, obviamente, não tem ‘cara’. Quero que, por meio da minha experiência e de outros relatos, possamos alcançar o maior número de pessoas, gerando conscientização, quebra de tabus e estereótipos, mostrando a importância de se abrir uma discussão sobre o assunto”, destaca Rapha Lopes.

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